Esta foi uma viagem vivida a seis, uma excursão, é certo, mas
que, apesar do exigente plano, do “speed” da “guia”, das contingências de
conduzir em estradas estreitas e à esquerda e com mudanças automáticas, e um
w.c. matinal na maioria dos casos, e, e, e,… conseguiu terminar com a meia
dúzia realizada e , pasme-se, amigos como dantes.
Começou muitos meses antes com o desenho de um roteiro (quase
fielmente cumprido) para 10 dias, entre 24 de julho a 2 de Agosto. Foram
consultados vários sites e o guia de viagens da American Express.
Viajámos na TAP (com antecedência, o preço não foi pior) e as
pernoitas foram repartidas entre airbnb e booking, sempre
apartamento para a meia dúzia de viajantes, sempre boas experiências, especialmente
as ocorridas nas quintas verdes e felizes.
O carro alugado na Europcar ( Seat Alhambra, de 7 lugares)
correspondeu às necessidades, tirando o percalço do Adblue. Se não sabem o que
é, nós também não, até ao momento em que obrigatoriamente tivemos de o
conhecer, (consultar dia 2).
Dia 2
Kilkenny – Rock of Cashel – Cork – Kinsale – Killarney – casa
a olhar para as montanhas.
Cavalos na "nossa" quinta
Alvorada bem cedo , depois de conviver com os animais da
quinta, para voltar 25 km até Kilkenny e visitar o seu famoso castelo, um dos
mais antigos e bem conservados da Irlanda.
Exterior castelo
A poderosa família Butler (que controlou a cidade durante 500
anos) viveu aqui desde o séc. XIV. O castelo mantém a forma medieval, apesar de
ter sofrido várias modificações.
Pontos de interesse: biblioteca, sala de jantar, quarto
chinês (o papel de parede é delicioso!) e a Long Gallery, com o seu teto de
madeira pintado, com donzelas diáfanas e coloridas.
Um salto ainda ao centro de artesanato, (com as lojas mais
interessantes que vimos ao longo da viagem), onde visitámos, por exemplo, um
ateliê de ourivesaria com direito às explicações apaixonadas sobre os anéis de
prata com motivos do Book of Kells ( em Dublin – dia 7 - será aqui motivo de conversa). Os
irlandeses são um povo deliciosamente simpático, sempre prontos a contar as
suas histórias e a ajudar qualquer turista perdido ou não. E, sempre com um
sorriso, exclamam “relax!”, e pronto, o melhor é seguir o conselho…
…. Quilómetros depois,
a visão fantástica de um castelo Medieval,
Rock of Cashel.
Rock of Cashel, a foto não lhe faz justiça
Uma bofetada de História a estalar nos corpos ávidos do passado.
Ergue-se no cimo de um rochedo e foi mesmo moradia de uma família real. As
paredes da catedral emergem para o céu a descoberto. O museu é a única parte
fechada, exibe um salão à escala medieval e a cruz original de St. Patrick (o
santo padroeiro da Irlanda….).
Cashel é igualmente um lugarejo simpático.
Castelo (visita: 8 €)
Cashel é igualmente um lugarejo simpático.
Casa
em Cashel, com teto de colmo
Antes
de chegarmos à vila piscatória de Kinsale, a curiosidade levou-nos a parar na
segunda cidade da República da Irlanda, Cork, mas o breve passeio, talvez por
ser breve ou pouco certeiro, não nos fez amar o que vimos.
Ruas
com muita gente, alguma pobreza e pouco asseio. Percorremos a rua St. Patrick
até ao Grand Parade para entrar no English Market (menos surpreendente do que
esperávamos) e comprar o jantar (uma ótima salada grega!).
Antes
de darmos o dia por terminado, ainda faltava Kinsale, uma pequena cidade a
olhar para o seu porto atraente, e com ruelas de casas, lojas e pubs coloridos.
Antes
de chegarmos ao lar do dia, a grande aventura por entre sebes e estrada de
terra batida, alagada de água ( durante o dia a chuva resolveu ser mais do que
os borrifos habituais de ilha). Não perguntem como nos vimos encurralados na
dita estrada, vários GPS, várias opiniões e de repente a estrada passou das
estreitas vias de dois sentidos com permissão de 80 km /hora, para uma de uma
via. Felizmente o carro passou incólume,
ninguém se lembrou de fotografar a ruralidade do caminho, imaginem-no apenas, o
que duvido que lhe faça justiça.
Deixo-vos com o cenário das montanhas, já no Ring of Kerry, a uns 5 kms de Killarney, na casa de Nora, onde nos deleitámos com a salada grega (e a Guiness de sempre, companhia infalível em 10 dias, umas vezes de lata outras de copo) e o ar sadio da montanha.
Deixo-vos com o cenário das montanhas, já no Ring of Kerry, a uns 5 kms de Killarney, na casa de Nora, onde nos deleitámos com a salada grega (e a Guiness de sempre, companhia infalível em 10 dias, umas vezes de lata outras de copo) e o ar sadio da montanha.
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