domingo, 18 de agosto de 2019



Esta foi uma viagem vivida a seis, uma excursão, é certo, mas que, apesar do exigente plano, do “speed” da “guia”, das contingências de conduzir em estradas estreitas e à esquerda e com mudanças automáticas, e um w.c. matinal na maioria dos casos, e, e, e,… conseguiu terminar com a meia dúzia realizada e , pasme-se, amigos como dantes.

Começou muitos meses antes com o desenho de um roteiro (quase fielmente cumprido) para 10 dias, entre 24 de julho a 2 de Agosto. Foram consultados vários sites e o guia de viagens da American Express.
Viajámos na TAP (com antecedência, o preço não foi pior) e as pernoitas foram repartidas entre airbnb e booking, sempre apartamento para a meia dúzia de viajantes, sempre boas experiências, especialmente as ocorridas nas quintas verdes e felizes.
O carro alugado na Europcar ( Seat Alhambra, de 7 lugares) correspondeu às necessidades, tirando o percalço do Adblue. Se não sabem o que é, nós também não, até ao momento em que obrigatoriamente tivemos de o conhecer, (consultar dia 2).




Dia 2

Kilkenny – Rock of Cashel – Cork – Kinsale – Killarney – casa a olhar para as montanhas.


Cavalos na "nossa" quinta

Alvorada bem cedo , depois de conviver com os animais da quinta, para voltar 25 km até Kilkenny e visitar o seu famoso castelo, um dos mais antigos e bem conservados da Irlanda.







Exterior castelo

A poderosa família Butler (que controlou a cidade durante 500 anos) viveu aqui desde o séc. XIV. O castelo mantém a forma medieval, apesar de ter sofrido várias modificações.
Pontos de interesse: biblioteca, sala de jantar, quarto chinês (o papel de parede é delicioso!) e a Long Gallery, com o seu teto de madeira pintado, com donzelas diáfanas e coloridas.





Quarto chinês (pormenor papel parede)



 quarto das crianças






Long Gallery, teto

Um salto ainda ao centro de artesanato, (com as lojas mais interessantes que vimos ao longo da viagem), onde visitámos, por exemplo, um ateliê de ourivesaria com direito às explicações apaixonadas sobre os anéis de prata com motivos do Book of Kells ( em Dublin – dia 7 - será aqui motivo de conversa). Os irlandeses são um povo deliciosamente simpático, sempre prontos a contar as suas histórias e a ajudar qualquer turista perdido ou não. E, sempre com um sorriso, exclamam “relax!”, e pronto, o melhor é seguir o conselho…
….  Quilómetros depois, a visão fantástica de um castelo Medieval, Rock of Cashel. 




Rock of Cashel, a foto não lhe faz justiça


Uma bofetada de História a estalar nos corpos ávidos do passado. Ergue-se no cimo de um rochedo e foi mesmo moradia de uma família real. As paredes da catedral emergem para o céu a descoberto. O museu é a única parte fechada, exibe um salão à escala medieval e a cruz original de St. Patrick (o santo padroeiro da Irlanda….). 




Castelo (visita: 8 €)

Cashel é igualmente um lugarejo simpático.




Casa em Cashel, com teto de colmo

Antes de chegarmos à vila piscatória de Kinsale, a curiosidade levou-nos a parar na segunda cidade da República da Irlanda, Cork, mas o breve passeio, talvez por ser breve ou pouco certeiro, não nos fez amar o que vimos.



casa em Cork


Long Parade, Cork

Ruas com muita gente, alguma pobreza e pouco asseio. Percorremos a rua St. Patrick até ao Grand Parade para entrar no English Market (menos surpreendente do que esperávamos) e comprar o jantar (uma ótima salada grega!).

Antes de darmos o dia por terminado, ainda faltava Kinsale, uma pequena cidade a olhar para o seu porto atraente, e com ruelas de casas, lojas e pubs coloridos.








Portas e janelas de Kinsale




Antes de chegarmos ao lar do dia, a grande aventura por entre sebes e estrada de terra batida, alagada de água ( durante o dia a chuva resolveu ser mais do que os borrifos habituais de ilha). Não perguntem como nos vimos encurralados na dita estrada, vários GPS, várias opiniões e de repente a estrada passou das estreitas vias de dois sentidos com permissão de 80 km /hora, para uma de uma via.  Felizmente o carro passou incólume, ninguém se lembrou de fotografar a ruralidade do caminho, imaginem-no apenas, o que duvido que lhe faça justiça. 
Deixo-vos com o cenário das montanhas, já no Ring of Kerry, a uns 5 kms de Killarney, na casa de Nora, onde nos deleitámos com a salada grega (e a Guiness de sempre, companhia infalível em 10 dias, umas vezes de lata outras de copo) e o ar sadio da montanha.








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